O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano para distribuir um “dividendo” de pelo menos US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) a cidadãos americanos, exceto os de alta renda, como resultado das tarifas elevadas aplicadas a produtos importados. Essa iniciativa faz parte de uma abordagem mais ampla para fortalecer a indústria nacional e reequilibrar a balança comercial, conforme declarado pelo governo.
Trump ressaltou que os Estados Unidos estão vivenciando um crescimento industrial significativo, com a bolsa de valores alcançando recordes históricos e a inflação sob controle. Ele argumentou que esses fatores tornaram viável o pagamento do benefício aos cidadãos.
Ainda de acordo com Scott Bessent, secretário do Tesouro, não existe ainda uma proposta formal sobre como os dividendos serão distribuídos. Entre as possíveis abordagens, estão cortes de impostos e outros mecanismos que utilizariam recursos de políticas econômicas implementadas pelo governo, como a redução de impostos sobre gorjetas e horas extras. Contudo, a legalidade dessas tarifas está sendo contestada na Suprema Corte dos EUA, levantando questionamentos sobre a base jurídica da iniciativa. Uma decisão desfavorável da corte poderia implicar a devolução de mais de US$ 100 bilhões e afetar a política econômica adotada por Trump.
Além disso, o presidente criticou os democratas pelo fechamento parcial do governo, que já dura 40 dias por causa de um impasse orçamentário. Ele defendeu que as tarifas, implementadas em abril durante o chamado “Dia da Libertação”, geraram trilhões de dólares em receita, sendo fundamentais para a viabilização do pagamento do dividendos. As tarifas variam entre 10% e 50% sobre a maioria das importações, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos.
Essa proposta, se implementada, poderia não apenas oferecer alívio financeiro para muitos americanos, mas também reforçar o compromisso do governo com a recuperação econômica e a geração de empregos no país.
