Portugal Nears Full Employment as Underutilization Falls to Historic Low

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A subutilização do trabalho em Portugal alcançou níveis historicamente baixos, segundo uma análise recente do mercado de trabalho realizada pela Randstad Portugal, contendo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e da Segurança Social referentes a setembro de 2025.

Em setembro, o emprego cresceu 0,2% em comparação com agosto, representando um aumento de 9.400 novas contratações. Além disso, a população ativa também teve um incremento de 0,3% (+13.700 pessoas), totalizando 5,62 milhões de indivíduos, atingindo níveis recorde. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve um aumento significativo na ocupação, com 183.000 novos empregos (+3,6%) e 164.600 mais pessoas ativas (+3%).

A nota da Randstad destaca que esse crescimento é um reflexo da vitalidade do mercado de trabalho, onde a criação de empregos superou a diminuição do desemprego. A taxa de desemprego, que chegou a 6%, é ligeiramente superior à de agosto (+0,1 p.p), mas ainda assim apresenta uma redução de 0,5 p.p. em relação ao ano anterior, contabilizando 337.200 desempregados, ou seja, menos 18.500 do que no ano passado.

O conceito de subutilização do trabalho, que mede situações nas quais profissionais estão empregados, mas não utilizam suas habilidades plenamente, caiu para 10,2% em setembro. Isso representa cerca de 585,3 mil pessoas que se encontram nesta condição, englobando 337,2 mil desempregados, 118 mil trabalhadores em regime de tempo parcial que desejam mais horas, e 31,8 mil inativos em busca de emprego, mas indisponíveis, entre outros.

Comparada a dez anos atrás, quando a taxa de subutilização era de 22% (mais de 1,16 milhões de pessoas), a queda para menos da metade desses números indica uma melhoria nas condições do mercado de trabalho, sustentada por um crescimento econômico e políticas laborais mais eficazes. A tendência é de uma redução contínua, aproximando o país de uma situação de pleno emprego, onde todos que desejam e podem trabalhar encontram ocupação.

Entretanto, ainda persiste um desajuste entre as competências dos trabalhadores e as demandas das empresas, caracterizado como desemprego estrutural, que se mantém mesmo em períodos de crescimento. Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal, comentou que a diminuição da taxa de subutilização é uma notícia positiva, demonstrando um mercado de trabalho mais dinâmico e inclusivo, mas alertou para a necessidade de políticas de qualificação e reconversão profissional para alinhar as habilidades dos trabalhadores às exigências do mercado.

Adicionalmente, os dados revelaram que as remunerações médias declaradas à Segurança Social caíram em agosto, e o número de desempregados registrados subiu 0,3% (+962 pessoas) para um total de 302.600, com os pedidos de emprego também aumentando. Apesar desse aumento, houve uma queda no desemprego entre as mulheres.

Esses indicadores refletem um cenário de crescimento e resistência no mercado de trabalho, ainda que a adaptação às novas demandas e competências continue a ser uma prioridade.

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